Pós-graduações IMED 2013

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O cérebro escaneado


A compreensão sobre o funcionamento do cérebro está prestes a efetuar um avanço gigantesco. Philip Low, da NeuroVigil, construiu em sua tese de doutorado um algoritmo de análise de ondas cerebrais capaz de decodificar o complexo sistema de comunicação entre os neurônios. Saber qual informação trafega entre as diversas redes neurais é fundamental para se compreender o status de funcionamento do cérebro.

O iBrain, como é chamado o equipamento, consiste em alguns eletrodos capazes de receber ondas cerebrais de várias partes do cérebro. A vantagem, em relação a equipamentos tradicionais, é que o iBrain capta o funcionamento cerebral como um todo e após o decodifica com base no algoritmo de Philip. Esta decodificação permite que um computador possa identificar eventos cerebrais distintos, como a representação de "alto" e "baixo", que são fundamentais para a constituição de comandos diversos.



Um dos primeiros candidatos ao uso do iBrain é o físico Stephen Hawking, professor lucasiano de matemática da universidade de Oxford e considerado por muitos o físico mais brilhante após Albert Einstein. Hawking é portador de uma doença degenerativa, chamada de esclerose amiotrófica lateral, que vem progressivamente eliminando sua capacidade de movimento. Há anos utilizando uma interface que permite sua comunicação através de movimentos oculares, O iBrain pode ser a estratégia que facilitará a Hawking a comunicação, libertando sua mente de sua cada vez mais restrita capacidade de movimentação.

Os avanços tecnológicos permitidos por este recurso irão permitir que, no futuro, pessoas com graves dificuldades de movimentação possam utilizar as ondas cerebrais para comandar próteses, com redução ou sem a necessidade de implantes físicos. Além disso, permitirá um número gigantesco de possibilidades, como o controle à distância de equipamentos diversos.