Seguindo o raciocínio do último post, onde se discutiu o problema da dicotomia mente-corpo, a entrevista com o médico fisiatra John Sarno faz uma importante relação entre o fenômeno da dor e suas causas.
Muitos pacientes na clínica médica reclamam de dores que não são bem explicadas por nenhuma patologia orgânica definida. Isso gera por um lado uma busca gigantesca por novos diagnósticos, ao mesmo tempo em que pode gerar um preconceito contra o relato dos pacientes que não "colaboram" com o tratamento. Contudo, geralmente se esquece as relações entre mente e corpo, que por serem invisíveis na clínica médica não são levadas tão a sério como causa da dor.
Os achados de Sarno apontam que as vivências emocionais traumáticas de etapas anteriores da vida podem efetuar registros no sistema nervoso central, a ponto de baixar o limiar de dor. A recuperação e a vivência destas experiências podem levar a um alívio dos sintomas e a um resgate da qualidade de vida do paciente. Para finalizar: a psicanálise já cantou esta pedra há cerca de 100 anos, não sendo novidade na área psicológica.
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