Pós-graduações IMED 2013

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Boas festas

Embora as pessoas tenham os feriados de Natal e Ano Novo como momentos de festa e confraternização, é bastante comum ver aumento do estresse e o surgimento de vários conflitos. O que deveria ser uma época de amor e paz pode trazer muitas dores de cabeça e brigas familiares. Por que isto acontece? Durante o ano, as pessoas seguem suas vidas rotineiras, trabalhando, estudando, namorando, viajando, levando e trazendo os filhos da escola, e muitas vezes nem têm tempo direito para pensar em si. Essa correria que todos vivemos não nos deixa ver nosso envelhecimento, nossos desejos, nossos medos e nossas esperanças. E também nos ajuda a esquecer das mágoas do passado e das pessoas que machucamos ou que nos machucaram. 

As festas são momentos onde os parentes se visitam, e nessa onda os antigos conflitos podem reaparecer. Se temos lembranças ruins ou más experiências de nossa infância, nesses momentos podemos estar comemorando com algum desafeto. Os conflitos familiares poderão ser aumentados pela expectativa da presença de quem nos magoou ou que magoamos. E tudo aquilo que deveria ser felicidade e esperança vira um tormento. 

Então não tem jeito? Ou temos a sorte de ter bons relacionamentos familiares e tudo corre bem, ou estamos fadados à infelicidade? Felizmente, há estratégias para lidar com os revezes afetivos. Uma destas possibilidades é conversar. Aproveitar este momento para fazer as pazes com quem nos magoou pode ser um importante lenitivo para nossas tristezas. Numa hora destas, não tem importância quem é o culpado, ou quem atirou a primeira pedra; o fundamental é abrir-se para conversar, pedir desculpas e aproveitar o que o futuro tem de bom. Numa briga, geralmente as duas partes possuem responsabilidade; mas mesmo que uma seja mais "culpada" que a outra, o exercício do perdão sincero é um excelente remédio para todos. Afinal, mais do que presentes e comidas, o Natal não é a celebração do perdão e da esperança entre as pessoas? Um perdão sincero é um presente muito maior do que uma ceia cara. 

Se o perdão já foi dado ou pedido, e o outro não está ainda preparado para aceitar... talvez se precise apenas dar tempo ao tempo. Assim como nós não estamos sempre prontos para ouvir uma verdade, o tempo da outra pessoa ainda pode não ter acontecido. Cabe então esperar, com a confiança de que um dia as coisas fiquem claras para o outro, como ficaram para nós.

Tem forma melhor de iniciar um Novo Ano?

sábado, 1 de janeiro de 2011

A virada de ano e o planejamento estratégico

No início de ano muitas pessoas ficam animadas e fazem promessas. Algumas até mesmo fazem listas, com as propostas de conquistas para o novo período. Mas todas conseguem alcançar o que objetivaram? O que faz com que não alcancem estas metas?

Analisando este comportamento com mais atenção, observamos que muitas destas promessas são feitas ao calor do momento. Aqui surgem os planos e objetivos mais ineficazes, pois muitos deles são excessivamente genéricos (esse ano eu quero ser feliz) ou transcedem o espaço de um ano (vou começar uma nova faculdade e me formar).

Entre as que lembram do que prometeram, há as que escrevem e as que não escrevem os objetivos. Escrever é indicativo de um planejamento um pouco mais sistematizado, mesmo que não seja garantia de realização. Há mais probabilidade de esquecer um pensamento do que algo que foi escrito (e isso que nesta análise estamos desconsiderando os efeitos que o álcool tem sobre a memória).

Daquelas que escrevem seus objetivos numa lista, há os que simplesmente engavetam-na e esquecem. Outros, que somente a resgatam no fim no ano, para comparar o que se concretizou. Penso que poucas pessoas manuseiam a lista periodicamente, por exemplo, a cada mês, para monitorar o andamento das metas. Há, ainda, as que dizem: Este ano farei uma lista e vou cumpri-la.

Finalmente, creio que existam menos pessoas ainda que, a partir desta lista, efetuam um planejamento estratégico, com metas objetivas e cronograma, com possibilidade de ser realizada em um ano, e que acompanham acuradamente sua execução.

O que aconteceria se mais pessoas construíssem listas de início de ano e seguissem este planejamento? Certamente seriam pessoas mais felizes, porque alcançariam seus desejos pessoais. Claro que as pessoas não são mais ou menos tristes porque não fazem listas, mas poderiam ser mais felizes e bem-sucedidas se as fizessem e se houvesse um sistema eficaz de alcance de metas.

Falando de forma genérica, a cultura e a educação não parecem incentivar o comportamento de planejar e executar o que foi proposto. Assim, podemos estar perdendo grandes oportunidades de fazer mais por nossas vidas, simplesmente porque não temos o comportamento de pensar, agir, acompanhar os resultados e traçar novos planos.

Nesta época, as pessoas podem tomar decisões por impulso, ou mesmo desejar muito um determinado desfecho, que é manifestado por estas promessas. Contudo, sem planejamento e sem mudança efetiva de comportamento, isso não será suficiente. Mas não há motivos para preocupação: sempre haverá um novo ano com espaço para novas promessas.

Feliz ano novo a todos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O segredo de uma vida feliz

Essa é uma das questões que sempre nos acompanhou ao longo da trajetória humana. Podemos dizer que nosso comportamento possui como um de seus motivadores centrais a busca pelo bem-estar e a alegria, ditos de uma maneira mais simples, da felicidade.

Mas quais são as coisas que nos deixam felizes? Talvez o estudo longitudinal mais longo realizado na história da ciência - superior a 70 anos -, elaborado pela Harvard Study of Adult Development da Harvard Medical School, coletou dados diversos de 200 estudantes homens. Os dados investigavam uma lista ampla de características, tais como saúde emocional e física, e as comparavam com suas carreiras, casamentos, hobbies e nível de satisfação com a vida.

Foi encontrado que a prática de exercícios físicos está correlacionada positivamente com uma boa saúde mental na terceira idade, e que a prática religiosa, ou proximidade com uma religião, não está associada com saúde física, mental ou bem-estar social. Certamente que diversas variáveis controláveis são preditoras de uma vida feliz, enquanto que outras nem tanto (como os fatores biológicos relacionados à longevidade dos ancestrais), mas um dado pode ser apontado como um dos principais fatores da felicidade: Bons relacionamentos. Os relacionamentos satisfatórios com outros significativos, como pais, cônjuges e filhos desde a infância são os preditores mais importantes da felicidade.

O artigo pode ser lido aqui (em inglês).