Pós-graduações IMED 2013

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

TPM, ou Transtorno disfórico pré-menstrual

Há muito tempo é conhecido o papel que os hormônios exercem sobre o comportamento humano. Os pesquisadores sobre o comportamento e os profissionais da saúde já identificaram a presença, em mulheres, de um conjunto de sintomas que podem trazer prejuízo em seus relacionamentos que ocorrem antecedendo a menstrução. Estes sintomas são popularmente conhecidos como tensão pré-menstrual.


Embora já conhecido, este quadro não fazia parte dos sistemas de classificação como diagnóstico específico. Tanto a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Organização Mundial da Saúde (CID-10) quanto o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e de Comportamento da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV-TR) não previam este quadro como de diagnóstico próprio, estando no grupo dos transtornos do humor. Contudo, na revisão para a quinta edição (DSM-5), há a previsão do diagnóstico de Transtorno disfórico pré-menstrual.

Segundo a classificação, o transtorno disfórico pré-menstrual engloba sintomas como acentuada labilidade emocional, como alterações fortes de humor, irritação ou raiva, aumentando conflitos interpessoais, presença de humor depressivo, ansiedade, tensão, perda de interesse em atividades cotidianas, sensação de perda de concentração, cansaço, perda ou aumento de apetite, insônia ou hipersonia e sentimento de estar perdendo o controle, dentre outros sintomas.

O transtorno disfórico pré-menstrual pode realmente afetar o comportamento, e merece atendimento específico, visto que é um quadro que traz prejuízos importantes nas relações interpessoais e laborais.

sábado, 27 de junho de 2009

O Cérebro e a Mente (II)

Seguindo o raciocínio do último post, onde se discutiu o problema da dicotomia mente-corpo, a entrevista com o médico fisiatra John Sarno faz uma importante relação entre o fenômeno da dor e suas causas.

Muitos pacientes na clínica médica reclamam de dores que não são bem explicadas por nenhuma patologia orgânica definida. Isso gera por um lado uma busca gigantesca por novos diagnósticos, ao mesmo tempo em que pode gerar um preconceito contra o relato dos pacientes que não "colaboram" com o tratamento. Contudo, geralmente se esquece as relações entre mente e corpo, que por serem invisíveis na clínica médica não são levadas tão a sério como causa da dor.

Os achados de Sarno apontam que as vivências emocionais traumáticas de etapas anteriores da vida podem efetuar registros no sistema nervoso central, a ponto de baixar o limiar de dor. A recuperação e a vivência destas experiências podem levar a um alívio dos sintomas e a um resgate da qualidade de vida do paciente. Para finalizar: a psicanálise já cantou esta pedra há cerca de 100 anos, não sendo novidade na área psicológica.