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sábado, 18 de setembro de 2010

O preconceito inconsciente

Todos os dias temos constantemente provas de que nosso comportamento possui raízes irracionais, apesar de nossa racionalidade. Os estudos de Mahzarin Banaji, psicóloga social e professora do departamento de psicologia da Harvard University, têm demonstrado que os preconceitos que temos possuem raízes que desconhecemos.

Estudos com o teste de associação implícia (IAT, em inglês) têm demonstrado que as pessoas, até mesmo as crianças, possuem uma tendência a avaliar de maneira mais favorável pessoas parecidas com elas mesmas, e de forma menos favorável, pessoas diferentes. Isso não significa dizer que temos preconceitos de algum tipo pré-formatados desde a infância, mas sim que temos uma tendência a julgar favoravelmente o que se parece mais conosco. À medida em que vamos crescendo, aquilo que é considerado diferente vai se cristalizando, graças principalmente à ação do meio social. Nesse aspecto, a família possui uma força importante para a constituição sobre o que é ou não diferente.

Compreender estes fenômenos pode nos auxiliar a entender de que forma organizamos o mundo, especialmente entre o que consideramos aceitável ou inaceitável. São evidentes as aplicações destes estudos por exemplo na diminuição dos comportamentos de bullying entre as crianças e adolescentes.

Uma das principais formas existentes para diminuir o preconceito, segundo Banaji, é a experiência. Quanto mais temos contato e vivenciamos o que é diferente, mais o preconceito tende a diminuir.