Há muito tempo é conhecido o papel que os hormônios exercem sobre o comportamento humano. Os pesquisadores sobre o comportamento e os profissionais da saúde já identificaram a presença, em mulheres, de um conjunto de sintomas que podem trazer prejuízo em seus relacionamentos que ocorrem antecedendo a menstrução. Estes sintomas são popularmente conhecidos como tensão pré-menstrual.
Embora já conhecido, este quadro não fazia parte dos sistemas de classificação como diagnóstico específico. Tanto a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Organização Mundial da Saúde (CID-10) quanto o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e de Comportamento da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV-TR) não previam este quadro como de diagnóstico próprio, estando no grupo dos transtornos do humor. Contudo, na revisão para a quinta edição (DSM-5), há a previsão do diagnóstico de Transtorno disfórico pré-menstrual.
Segundo a classificação, o transtorno disfórico pré-menstrual engloba sintomas como acentuada labilidade emocional, como alterações fortes de humor, irritação ou raiva, aumentando conflitos interpessoais, presença de humor depressivo, ansiedade, tensão, perda de interesse em atividades cotidianas, sensação de perda de concentração, cansaço, perda ou aumento de apetite, insônia ou hipersonia e sentimento de estar perdendo o controle, dentre outros sintomas.
O transtorno disfórico pré-menstrual pode realmente afetar o comportamento, e merece atendimento específico, visto que é um quadro que traz prejuízos importantes nas relações interpessoais e laborais.
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