Pós-graduações IMED 2013

sábado, 1 de janeiro de 2011

A virada de ano e o planejamento estratégico

No início de ano muitas pessoas ficam animadas e fazem promessas. Algumas até mesmo fazem listas, com as propostas de conquistas para o novo período. Mas todas conseguem alcançar o que objetivaram? O que faz com que não alcancem estas metas?

Analisando este comportamento com mais atenção, observamos que muitas destas promessas são feitas ao calor do momento. Aqui surgem os planos e objetivos mais ineficazes, pois muitos deles são excessivamente genéricos (esse ano eu quero ser feliz) ou transcedem o espaço de um ano (vou começar uma nova faculdade e me formar).

Entre as que lembram do que prometeram, há as que escrevem e as que não escrevem os objetivos. Escrever é indicativo de um planejamento um pouco mais sistematizado, mesmo que não seja garantia de realização. Há mais probabilidade de esquecer um pensamento do que algo que foi escrito (e isso que nesta análise estamos desconsiderando os efeitos que o álcool tem sobre a memória).

Daquelas que escrevem seus objetivos numa lista, há os que simplesmente engavetam-na e esquecem. Outros, que somente a resgatam no fim no ano, para comparar o que se concretizou. Penso que poucas pessoas manuseiam a lista periodicamente, por exemplo, a cada mês, para monitorar o andamento das metas. Há, ainda, as que dizem: Este ano farei uma lista e vou cumpri-la.

Finalmente, creio que existam menos pessoas ainda que, a partir desta lista, efetuam um planejamento estratégico, com metas objetivas e cronograma, com possibilidade de ser realizada em um ano, e que acompanham acuradamente sua execução.

O que aconteceria se mais pessoas construíssem listas de início de ano e seguissem este planejamento? Certamente seriam pessoas mais felizes, porque alcançariam seus desejos pessoais. Claro que as pessoas não são mais ou menos tristes porque não fazem listas, mas poderiam ser mais felizes e bem-sucedidas se as fizessem e se houvesse um sistema eficaz de alcance de metas.

Falando de forma genérica, a cultura e a educação não parecem incentivar o comportamento de planejar e executar o que foi proposto. Assim, podemos estar perdendo grandes oportunidades de fazer mais por nossas vidas, simplesmente porque não temos o comportamento de pensar, agir, acompanhar os resultados e traçar novos planos.

Nesta época, as pessoas podem tomar decisões por impulso, ou mesmo desejar muito um determinado desfecho, que é manifestado por estas promessas. Contudo, sem planejamento e sem mudança efetiva de comportamento, isso não será suficiente. Mas não há motivos para preocupação: sempre haverá um novo ano com espaço para novas promessas.

Feliz ano novo a todos.

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